Muitas palavras podemos dizer sobre as mãos.
Há mãos que afagam e que machucam.
Mãos que doam e mãos que tiram.
Há as sedosas e as calosas.
As bem cuidadas e as maltratadas pelo trabalho ou pelo tempo.
As escorregadias que percebemos como que de pessoas falsas.
As suadas, que para nós são desconfortáveis se as tocamos.
Mãos de idoso que o filho fotografou, refletindo que na infância teve muito
medo delas, e que agora são inofensivas.
Mãos do tetraplégico, que nos acanhamos em tocar, porque não podem
corresponder ao nosso toque.
Mãos que ignoram a mão estendida para o cumprimento, ou que somos obrigados,
pela circunstância, a tocar contra a nossa vontade.
Mãos frias ou quentes transmitindo emoções humanas,
que só nós, humanos, podemos sentir ou descrever.
As benditas mãos do cirurgião, que um dia pedi a Deus que as abençoassem,
num agradecimento pessoal, e que o médico à minha frente,
olhou para as suas próprias mãos,
como se nunca tivesse pensado nessa bênção.
E esse gesto, jamais esqueci.
Nazareth Peres
Texto proposto na Oficina: Laboratório de Escrita e Poéticas. A hora do Conto.
SESC Belenzinho - maio/2011 - Orientador: João Anzanello Carrascozza.
Meu primeiro blog vai ser sobre POESIA em geral. Admiro os grandes poetas: Mário de Andrade - Carlos Drumond de Andrade - Oswald de Andrade - Mário Quintana - Cora Coralina, e outros que citarei depois. Também gosto de produzir poesia, relacionada à minha vivência, à minha família e aos assuntos que me interessam.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
O Importante é ser Fevereiro - música
O Importante é ser Fevereiro
(Wando e Nilo Amaro)
Extraído do site: www.vagalume.com.br
"Vem, amor,
Enxugue as lágrimas dos olhos seus.
Deixe o passado, pelo amor de Deus!
Tristeza aqui, não tem lugar.
Pra que chorar?
Olha, amor,
A praça toda iluminada
Tem tanta gente nas calçadas,
Meu bloco tem que desfilar.
O importante é ser fevereiro
E ter carnaval pra gente sambar!
O importante é ser fevereiro
E ter carnaval pra gente sambar!"
(Wando e Nilo Amaro)
Extraído do site: www.vagalume.com.br
"Vem, amor,
Enxugue as lágrimas dos olhos seus.
Deixe o passado, pelo amor de Deus!
Tristeza aqui, não tem lugar.
Pra que chorar?
Olha, amor,
A praça toda iluminada
Tem tanta gente nas calçadas,
Meu bloco tem que desfilar.
O importante é ser fevereiro
E ter carnaval pra gente sambar!
O importante é ser fevereiro
E ter carnaval pra gente sambar!"
"Ciências Humanas" - música
"Hoje eu não vou nem me preocupar
Com planos que fiz por fazer
Só quero andar com você
Em qualquer calçada
Do lado onde bata o sol
Quero separar só o essencial
Amigos, justiça, suor
Não tenho tesouros para achar
Aqui é o destino
Fique comigo se quiser
Quero clareza de ver
Um bom lugar para morar"
Parte da música : "Ciências Humanas" de Luiz Carlos Lopes - poeta, jornalista, escritor,
e seu primo Eduardo Gomes.
Transcrito da apresentação de tese de doutorado (Doutor em Ciências) - USP -
Farmácia e Bioquímica - de Carmem Maldonado Peres - 2001
Com planos que fiz por fazer
Só quero andar com você
Em qualquer calçada
Do lado onde bata o sol
Quero separar só o essencial
Amigos, justiça, suor
Não tenho tesouros para achar
Aqui é o destino
Fique comigo se quiser
Quero clareza de ver
Um bom lugar para morar"
Parte da música : "Ciências Humanas" de Luiz Carlos Lopes - poeta, jornalista, escritor,
e seu primo Eduardo Gomes.
Transcrito da apresentação de tese de doutorado (Doutor em Ciências) - USP -
Farmácia e Bioquímica - de Carmem Maldonado Peres - 2001
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
O GALO DAS MADRUGADAS
Pontualmente,
Às cinco horas
Sou despertada,
Todos os dias.
Não sei
O que faz a vizinha,
Manter no seu quintal
De oito metros quadrados,
Um galo madrugador.
Talvez saudade de outros tempos,
Da casa no meio do campo,
Das galinhas ciscando no terreiro,
Dos pintinhos piando
À volta delas,
E do galo soberbo,
Senhor absoluto do ambiente.
Moro numa praça urbana
Perto do centro da cidade.
As casas estão lado a lado
Sem terrenos vazios entre elas.
Há uns três meses
O galo da vizinha
Me atormenta,
A mim e à vizinhança.
O canto estridente
Se repete a tempos regulares,
Todas as madrugadas.
Incomoda a todos nós,
Que não tivemos ainda
A coragem
De chegar até a dona da ave
E lhe cobrar uma solução.
Quem poderia imaginar
Viver esse drama citadino
Nos dias de hoje
E difícil de resolver?
Nazareth Peres
Oficina de Literatura - Poesia - Com Heitor Ferraz de Mello
SESC Belenzinho - nov/dez/2011
Às cinco horas
Sou despertada,
Todos os dias.
Não sei
O que faz a vizinha,
Manter no seu quintal
De oito metros quadrados,
Um galo madrugador.
Talvez saudade de outros tempos,
Da casa no meio do campo,
Das galinhas ciscando no terreiro,
Dos pintinhos piando
À volta delas,
E do galo soberbo,
Senhor absoluto do ambiente.
Moro numa praça urbana
Perto do centro da cidade.
As casas estão lado a lado
Sem terrenos vazios entre elas.
Há uns três meses
O galo da vizinha
Me atormenta,
A mim e à vizinhança.
O canto estridente
Se repete a tempos regulares,
Todas as madrugadas.
Incomoda a todos nós,
Que não tivemos ainda
A coragem
De chegar até a dona da ave
E lhe cobrar uma solução.
Quem poderia imaginar
Viver esse drama citadino
Nos dias de hoje
E difícil de resolver?
Nazareth Peres
Oficina de Literatura - Poesia - Com Heitor Ferraz de Mello
SESC Belenzinho - nov/dez/2011
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