sexta-feira, 18 de maio de 2012

CÉU DE INVERNO

É dia.
No céu sem nuvens,
O sol tépido espreita majestoso,
No amplo e claro azul.
Tudo tão belo!
Mas, não quero nem imaginar,
A poluição que está presente
Sobre a minha grande e movimentada
Cidade.

                                É noite.
                                No céu sem nuvens,
                                A lua cheia reina absoluta,
                                No profundo e escuro azul.
                                Tudo tão belo!
                                Que histórias de amores e desamores,
                                Vivem as pessoas
                                 Na minha, quase toda adormecida,
                                 Cidade?



Nazareth Peres - junho/2010

quinta-feira, 17 de maio de 2012

"REMENDOS"

" Nosso vaso era uma joia
Peça rara que se partiu.
Antes de amor repleto
Mas ao quebrar-se: vazio.

Em lamentos,
Viajei com o vento
Através do espaço
No intento
De juntar pedaços e,
Remendar; nosso vaso.

Busquei tudo.
Até mesmo estilhaços.
Mas restaram poucos traços,
Do vaso que se partiu.
Montei algumas partes,
De outras, parte sumiu.

Partes desencontradas
Do amor e antiga paixão
Ficaram desconectadas.
Destarte vi, era tarde...
Não se remenda emoção..."

Marilena Corsetti - página 41
Ofícios e Artifícios da Academia Peruibense de Letras -
Vol.III: Realidades e Fantasias.
São Paulo: All Print Editora, 2011

segunda-feira, 14 de maio de 2012

TEREZINHA MARIA

Você foi desejada.
Esperada com amor.

Nos tempos em que 
Não havia ultrassom,
Foi a surpresa 
Ao nascer.

"Uma linda menina!"
Informou a parteira
E o coração da mãe
Encheu-se de alegria!

Ramon, o pai,
Só a viu no dia seguinte.
Tempos difíceis!
Controle das visitas
Na maternidade.

Primeira filha e
Do lado materno,
A primeira neta
Dos avós Oswaldo e Diva.
O avô paterno - vô Antônio,
Foi o único que a chamou de
Terezinha Maria.
Primeira sobrinha do Francisco,
E da tia Nazarina, também sua madrinha.

Linda! Sempre linda!
Olhos azuis,
Pele e cabelos claros.

Logo começou a conviver
Com um irmão e uma irmã.

Cresceu e se desenvolveu 
Em inteligência e graça.

Estudou, namorou, casou-se.
Deu aos pais, três netos.

Profissão?
Auto profecia:
Magistério!
Uma carreira conseguida
No domínio das dificuldades,
Chegando onde 
Pretendeu chegar.

Aníbal, o marido aos seu lado. 
Rodeada dos filhos:
Luíza, César e Víctor,
E dos irmãos:
Henrique e Ana Lúcia,
Mais a mãe presente.
E ainda os cunhados e cunhadas:
Cláudio, Lauro, Ailton,
Tânia, Magali e Maria Luíza.

E os muitos tios e tias,
Primos e primas,
Sobrinhos e sobrinhas, 
Numa grande família festeira,
A qual se somam
Os amigos  e as amigas.

No decorrer do tempo,
Repartiu com os seus,
As dores e perdas,
As alegrias e conquistas.

Manifestou o desejo 
De se tornar um dia,
Nome de Escola!
Diz que, quando os aluninhos
Aprenderem a escrever seu nome,
Estarão alfabetizados!

Uma vida produtiva
Com a perspectiva 
De novas atividades,
Quando se tornar
Uma "dinossaura".
(Ela sabe o que é isso...)

Minha bela filha!
Deus a abençoe
E a acompanhe sempre.
Seja feliz!
Nós amamos você!

TEREZINHA MARIA MALDONADO PERES QUAGLIO
50 ANOS EM 04/05/2012!

Com todo o amor, de sua mãe
Nazareth Lemos Maldonado Peres





domingo, 13 de maio de 2012

"Violeiro"

     "Morrer cantando não é para qualquer vivente. Violeiro que assim vai deixa rastro de aura num jardim, onde em findas tardes de outono se ouve ou se desenha uma canção.
     Fantasma diurno, fantasma de luz contra o sol que se esvai, ressurge o Violeiro, saudoso dos prazeres dessa vidinha à-toa. Não traz correntes, mas gemidos. De pura preguiça e amor.
     A amada? Casou faz tempo. Mas em tardes assim se arrepia, se tranca no quarto, solta os cabelos todos, põe camisola de seda, alisa as penas da passarinha e relembra o que já não há.
     Dia seguinte, volta a amada aos trilhos e o Violeiro ao canto dos que assim se arrematam, espocando como cigarras ou ousando serenatas no terreno proibido que às vezes é o jardim de uma flor que já tem dono."


  do livro: "Volições" de Yara Camillo - página 151 - Massao Ohno Editor - 2007.
(Volições: atos que determinam a vontade)

Participei de um Laboratório de Literatura no SESC Belenzinho - abril/maio/2012 com Yara Camillo sobre a semana de 22.

Considero este texto como poético. Uma poesia em prosa.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O PRESENTE

           I
De louça. as faces lisinhas
E de algodão recheados:
Dois "bebês", pras irmãzinhas,
Com amor presenteados.

                                        II
                     Um dia, lhes foram dados
                     Pela amiga carinhosa.
                     E, na antiga fotografia,
                     Pra sempre imortalizados.

           III
Oh! Que cheirinho tão bom,
Do presente tão novinho.
Parecia o "pompom!
De um gostoso talquinho.

                                     IV
                     Um, Luís Carlos chamou-se    
                     E o nome lhe caiu bem!
                     E, Nelson, denominou-se
                     O outro lindo "neném"!

             V
E, guardados na memória,
Recordam as menininhas:
São partes de sua história,
Quando bem pequenininhas.

                                   VI
                     Nazareth e Nazarina,
                     Foram muito abençoadas,
                     E o amor que as ilumina,
                     Brilha nas suas mãos dadas.



Lembrando de um tempo feliz, em que os pequenos gestos
 e os pequenos presentes, dados com amor,
 nos alegraram para sempre!

(Para não esquecer de Hildegard Baloch Rosa, seus presentes,
seus bolos simples nos nossos aniversários.
Não se cantava "Parabéns a você", porque ainda não era costume.
 Lembra?)


Nazarina: Parabéns pelos seus 70 anos!

Muita felicidade e amor para você,
 rodeada da nossa grande família festeira - os PEREZ/PERES,
 e mais, todos os nossos amigos.


"Eu vim de longe pra encontrar o meu caminho.
Tinha o sorriso e o sorriso não valia.
Achei difícil a viagem até aqui.
Mas eu cheguei, Mas eu cheguei!"
  CHEGAMOS!
                            (canto do romeiro)


Sua irmã: Nazareth
Eu 17/10/2010