Olhei as prateleiras mais altas
da minha despensa,
como olhei ontem
e em muitos e muitos dias mais.
Sei que preciso
organizar os guardados,
que pelo menos,
há uns dez anos,
neles não mexo.
Digo a mim mesma:
"Coragem!"
E então tiro um dia
para essa tarefa.
Com a presença
providencial
da minha ajudante,
começo a remexer tudo.
Minha ajudante e eu,
vamos descartando uns
e guardando de novo
outros objetos.
Então, pego uma chaleira.
É de alumínio e não é nova.
Eu nunca a usei, tenho certeza.
Por que a guardei?
Quem me deu?
Não me lembro.
A chaleira não tem uma história,
não me diz nada.
Mas, eu a tomo
e a coloco em uso
daqui por diante.
Nazareth Peres
Oficina de Literatura - Poesia - com Heitor Ferraz de Mello - SESC Belenzinho - nov/dez/2011
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